No quotidiano, lendo a imprensa e descodificando os sinais dos tempos, olhando em redor e captando os movimentos de interacções múltiplas e ininterruptas, André Jordan partilha connosco o seu Posto de Observação.

Nas suas notas, entrevistas e intervenções públicas, André Jordan olha os lugares, destaca as pessoas e as ideias que fazem a diferença e comenta as situações que moldam o nosso futuro.

O fim da austeridade

 

Esta nova estratégia para a Europa, cujos efeitos já começam a se sentir não dispensa a imperiosa necessidade de uma profunda reforma do Estado que não consista somente de cortes. Sobre o tema, vale a pena ler este artigo do professor José Paulo Esperança.

Karl Otto Pohl

 

Karl Otto Pohl e sua mulher Ulrike chegaram à Quinta do Lago incógnitos, com a família, em 1982. Karl Otto Pohl era então presidente do Bundesbank, o banco central da Alemanha. Naquela altura, e juntamente com Paul Volcker, o presidente da Reserva Federal dos Estados Unidos, era a personalidade dominante da economia mundial. Ficámos grandes amigos e através dos anos convivemos intensamente, pelo que tive o privilégio de ter acesso a uma visão extraordinária da economia política mundial.

Em 2000, Karl Otto, Ulrike e os seus filhos inauguraram a encantadora casa que construíram na Quinta do Lago, uma festa que reuniu gente notável de todo o mundo. Caracteristicamente, o banquete foi um «barbecue» comandado pelo conhecido Horácio, dono do popular restaurante O Ribeiro, em Almancil.

Teremos todos na Quinta do Lago saudades deste homem excepcional que foi um grande amigo de Portugal em horas difíceis, como foi afirmado pelo presidente Mário Soares no almoço que ofereceu em Belém quando Karl Otto Pohl foi reeleito para um novo mandato no Bundesbank. Mais tarde renunciaria ao cargo, por discordar da política monetária do Chanceler Kohl.

Ganância e políticas de curto prazo...

 

Fala-se muito de reabilitação, o que é evidentemente necessário, mas esquece-se que os custos elevados destas intervenções poderiam ser evitados a montante, caso fossem acautelados princípios elementares de protecção ambiental, paisagismo e boas práticas de arquitectura e empreendedorismo imobiliário.

A ULI é uma entidade internacional que promove as boas práticas sobre o uso e desenvolvimento responsável do solo e o chairman da sua filial portuguesa é o presidente do André Jordan Group, Gilberto Jordan.

Num almoço-conferência que aquela  organização promoveu em Lisboa, no passado dia 21 de Janeiro, em Lisboa, em colaboração com a APPII, associação que reúne os promotores imobiliários em Portugal, Gilberto Jordan deu o exemplo do Belas Clube de Campo: «A nossa visão é a longo prazo e multigeracional. Esta crise é só resultado da ganância e de políticas de curto prazo». Ele salientou ainda os custos mais avultados de reparação de projectos «mal feitos» ao invés de os fazer bem de origem, e afirmou que monitorizar e seguir uma prática verdadeiramente sustentável envolve «um manancial de informação que precisa de ser tratada. Tem de se mobilizar toda a gente, clientes, stakeholders, accionistas. A sustentabilidade tem de ser praticada por todos.»

Vícios e virtudes no Carnaval brasileiro

 

Uma belíssima crónica do escritor e jornalista Hugo Gonçalves, publicada no Diário de Notícias, de Lisboa, no dia 21 de Fevereiro, que vale a pena ler. Três histórias que se cruzam no espaço e no tempo, três ângulos de observação dos vícios e virtudes que desenham o perfil do Carnaval brasileiro.

Paula Rego

 

É com grande prazer que destaco esta bela entrevista com a Paula Rego, publicado no Sunday Times, dia 21 de Setembro de 2014. Paula Rego («Dame of the British Empire», título equivalente ao «Sir») é actualmente a figura maior da pintura no Reino Unido, sucessora de Francis Bacon e Lucien Freud.

 

 

Clube dos 80

 

Como membro de pleno direito no Clube dos 80, leio com interesse matérias (ou livros) sobre a vida e a experiência dos meus companheiros e companheiras. Procuro encontrar dicas de vida, já que não existe preparação prévia para esta condição.

Nas últimas semanas o nosso clube recebeu duas distintas sócias – a Sophia Loren e a Brigitte Bardot.

A minha trajectória cruzou-se fugazmente com as duas vedetas – a Bardot, quando veio para uma longa temporada em Búzios, uma aldeia de pescadores com lindíssimas praias recém descobertas pelo jet set, na companhia do seu então marido Bob Zagury, um Marroquino residente no Rio de Janeiro, que era nosso companheiro na vida alegre da época. Ficamos orgulhosos de que um dos «nossos» tivesse conquistado a maior estrela do momento.

Mais tarde, em 1973, um agente americano meu conhecido propôs a realização de um filme com a grande actriz Italiana, a ser rodado no Algarve, com base na Quinta do Lago, que naquela altura engatinhava. Consegui levantar, por telefone, os fundos exigidos pelo produtor do filme, que era Carlo Ponti, o marido da estrela. Tive várias conferências telefónicas com ele e ficou de vir ao Algarve com a Sophia, ambos incógnitos, para conhecer o local. Um acontecimento histórico matou o projecto...

Mas não só de pessoas famosas recebemos lições de vida. Fiquei enternecido com o perfil do Senhor Joaquim Carmona, publicado na Revista do Expresso, que é um exemplo do que há de mais nobre e puro na alma portuguesa.

Imobiliário e Lisboa no FT

 

Sempre atento aos movimentos dos mercados e às oportunidades o Financial Times publicou uma matéria intitulada «Property investors from abroad offer Lisbon a passport to recovery». A jornalista Trish Lorenz observa que «a combination of visa incentives and new developments is creating a surge of foreign investment in the Portuguese capital.»

Anthony Lanier, da companhia norteamericana East Bank destaca o preço baixo, comparativamente com outras capitais europeias: «East Bank is not just talking about the likes of London, where costs for prime residential properties are about € 33,000 per sq metre. Even smaller European capitals are significantly more expensive than Lisbon. In Vienna you’re paying around € 25,000 per sq metre for a well-developed asset in a prime location; in Lisbon the cost is around € 6,000 per sq metre for the same thing.»

 

 

Vestidos de noiva que são notícia...

 

«Women’s Wear Daily» é a principal publicação para a indústria e o comércio da moda nos Estados Unidos, sendo lida por muitos milhares de pessoas desse sector e também consumidores interessados. Tem muitos leitores online no mundo inteiro.

A iniciativa de realizar a exposição focalizada neste artigo é da Claudine, Duquesa de Cadaval, em parceria com o grande criador francês Hubert de Givenchy. Reúne vestidos de noiva da autoria dos grandes nomes da moda das últimas décadas.

Este evento não tem objectivo comercial e é custeado pelos seus promotores.

O que é importante assinalar é que esta iniciativa vem a ser justamente o tipo de promoção que atinge um nicho de mercado específico de consumidores afluentes e notórios viajantes.

Uma realização que reúne história, património, arte, moda, aristocracia e sociedade, como demonstra a reportagem. É de grande interesse da imprensa de lifestyle.